A disgrafia é caracterizada por alterações na pressão da letra e na falta de harmonia dos movimentos, bem como nos signos gráficos diferenciados. Por isso, é também chamada ou confundida por “letra feia”. Isso acontece devido a uma incapacidade da criança de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar, ela escreve muito lentamente, o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível.
Existem dois tipos básicos de disgrafia:
1.Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números.
2.Disgrafia perceptiva: a criança não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases.
Vejamos algumas características da disgrafia:
•Letra ilegível.
•Lentidão na escrita.
•Escrita desorganizada.
•Traços irregulares ou muito fortes, que chegam a marcar o papel, ou muito leves.
•Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial.
•Desorganização do texto.
•Desorganização das letras.
•Desorganização das formas.
•O espaço muito irregular entre as linhas, palavras e letras.
•Ligação das letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.
Disortografia
No início do processo de letramento e alfabetização, é muito comum que as crianças façam confusões ortográficas. Como vimos acima, somente após as séries iniciais é que as trocas ortográficas podem indicar uma disortografia. Não se tratando de uma patologia ou doença, a disortografia pode ser contornada e superada com acompanhamento adequado, respeitando as especificidades de cada caso.
A disortografia é caracterizada por um transtorno da escrita e reflete um processo cognitivo da linguagem defeituoso, mas não se refere à alteração no aspecto motor. Este transtorno ocorre devido às dificuldades/problemas na fase inicial da aprendizagem da leitura e da escrita ou devido a uma aprendizagem com inadequações gramaticais, tendo, como consequência, a presença de erros ortográficos que não seriam reproduzidos caso todas as lacunas do conhecimento gramatical da língua estivessem preenchidas.
Vejamos algumas características da disortografia:
•Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo, porta/borta.
•Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão.
•Adições: ventitilador.
•Omissões: cadeira/cadera, prato/pato.
•Fragmentações: en saiar, a noitecer.
•Inversões: pipoca/picoca
•Junções: no diaseguinte, sairei mais tarde
De forma complementar, assista ao vídeo “Fonoaudiologia – Disortografia e Disgrafia” clicando no link abaixo:
Dislexia
A definição mais aceita para dislexia é a da International Dyslexia Association. Segundo a entidade, trata-se
de distúrbio específico da linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples. Mostra uma insuficiência no processo fonológico. Estas dificuldades de decodificar palavras simples não são esperadas em relação à idade. Apesar de submetida à instrução convencional, adequada inteligência, oportunidade sociocultural e não possuir distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo de aquisição da linguagem. A dislexia é apresentada em várias formas de dificuldade com as diferentes formas de linguagem, frequentemente incluídos problemas de leitura, em aquisição e capacidade de escrever e soletrar.
De modo geral, podemos afirmar que há dois tipos de dislexia:
1.Dislexia de desenvolvimento: refere-se a alterações na aprendizagem da leitura e da escrita com origem ambiental, ou seja, relacionadas às condições da aprendizagem escolar.
2.Dislexia adquirida: a aprendizagem da leitura e da escrita é construída normalmente, mas, em função de alguma lesão cerebral, foi prejudicada.
São considerados sintomas mais recorrentes que podem sinalizar um possível quadro de dislexia na primeira infância:
•Lentidão na aprendizagem do movimento motor de segurar objetos.
•Choro constante.
•Não fazer o laço do sapato.
•Não pegar e chutar bola.
•Atraso na locomoção.
•Atraso na aquisição da linguagem.
•Dificuldades na memorização.
•Dificuldades de distinguir sons.
•Perturbações no sono.
•Enurese noturna.
•Dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares.
Para informar-se melhor sobre a dislexia, assista aos vídeos selecionados. Para tal, clique nos links abaixo, na caixa de observações.
FONTE: http://pos.nead.ufsj.edu.br/
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO "PRÁTICAS DE LETRAMENTO EALFABETIZAÇÃO"
COMO PARTICIPO COMO ALUNA DO CURSO DE LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO PELA UFSJ POSTEI ESTAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM, POIS SABEMOS QUE MUITAS VEZES NÃO TEMOS O SUPORTE DE QUE NECESSITAMOS NAS ESCOLAS, PRINCIPALMENTE SE FOR PÚBLICA, ESPERO QUE AJUDEM TODAS AS COLEGAS!